sexta-feira, 13 de março de 2009

PRODUZINDO... parte 2

O próximo programa vai discutir o envelhecimento rápido da população brasileira. Em 10 anos envelhecemos o que países da Europa demoraram 50 anos. Como a sociedade está se preparando? E a questão previdenciária? E como a saúde está se preocupando com isso?

OLHA AS INFORMAÇÕES QUE ENCONTRAMOS NA PÁGINA DA SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS

Pessoa Idosa

Um estudo divulgado dia 28/09/2007 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta uma tendência de crescimento da população idosa brasileira. Em 2006, as pessoas com 60 anos de idade ou mais alcançaram 19 milhões, correspondendo a 10,2% da população total do país. Um crescimento mais acentuado foi percebido no grupo com 75 anos ou mais. Em 1996, eles representavam 23,5% da população de 60 anos ou mais. Dez anos depois, eles já eram 26,1%.

De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2006, essa elevação se deve aos avanços da medicina moderna, que permite melhores condições de saúde à população com idade mais avançada de uma forma geral. O levantamento constatou, no entanto, diferenças nessa evolução em função da cor ou raça dos indivíduos. A proporção de pessoas brancas de 60 anos ou mais é de 57,2% enquanto a de pretos e pardos é 41,6%. No conjunto da população brasileira, no entanto, os pretos e pardos representam 49,5% e os brancos 49,7%.

Segundo o IBGE, essa situação reflete condições de vida mais precárias das populações preta e parda, do ponto de vista socioeconômico, evidenciado por taxas de mortalidade mais elevada nos diversos grupos etários, nível educacional mais baixo e menor mobilidade social. O estudo apontou, no entanto, que houve melhora no nível de instrução dos idosos. O maior salto ocorreu entre as pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo. Em 1996, no grupo de 60 anos ou mais, a proporção dessas pessoas era de 43,5%. Dez anos depois, o percentual caiu para 33,5%. Segundo o IBGE, a maior escolaridade também contribui para a maior longevidade, reforçando a importância da instrução para a melhoria da qualidade de vida da população.

Outra constatação do levantamento diz respeito a uma melhoria na renda dos idosos nos últimos dez anos. Em 2006, 12,4% das pessoas com pelo menos 60 anos viviam com rendimento de até meio salário mínimo; no subgrupo com o mínimo de 65 anos, a proporção é ainda menor: 10,9%. O IBGE aponta como fator para esse resultado a eficácia de políticas públicas voltadas para essa faixa etária, especialmente nas áreas rurais, como o programa de Benefícios de Prestação Continuada.

Ainda de acordo com o levantamento, sete em cada dez brasileiros com 60 anos ou mais recebem benefício da previdência social, como aposentadorias e pensões. No subgrupo que compreende os idosos com pelo menos 65 anos, a proporção sobe para oito em cada dez. O estudo revela, no entanto, uma tentativa do idoso de permanecer no mercado como forma de minimizar a discriminação e a conseqüente marginalização às quais muitas vezes é submetido. Desta forma, quase seis milhões de idosos com 60 anos ou mais ainda trabalham, representando 30,9% do total. Mesmo na faixa com 70 anos o mais, o percentual é significativo, de acordo com o IBGE: 18,4%.

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