quarta-feira, 21 de outubro de 2009

COMEÇO ENDIVIDADO

Foto de Kioan

Imagina começar a vida profissional devendo R$150 mil reais? Em outros países o jovem recebe incentivos para estudar, se capacitar como bom profissional e ajudar a economia do país onde vive. Aqui no Brasil, o programa de financiamento estudantil para quem quer cursar universidade deixa o jovem numa situação difícil. Essa dívida que citamos no início do texto é da Daiane Vaz de Lima, que se formou em Engenharia da Computação, em 2007, e nos contou a dificuldade que é pagar o Fies. No início eram apenas 50 reais por mês, depois da formatura, os juros, mesmo menores que a taxa básica, foram pesando nas contas. Ela já tentou negociar com a Caixa Econômica Federal várias vezes e a cada conversa era sugerida uma nova conta. Perplexa, ela não entende como são cobrados os juros do empréstimo e não sabe o que fazer com a fiadora, a própria sogra.

Os deputados já aprovaram uma redução dos juros para 6,5% e recentemente para 3,5% para todos os financiamentos do Fies. Neste último projeto, foi aprovado também uma redução de 1% sobre o saldo devedor de estudantes de medicina e da área de saúde que queiram trabalhar na rede pública. A cada ano de trabalho, 1% de abatimento da dívida. Esse projeto tem de ser votado ainda no Senado para ser sancionado pelo presidente Lula.

No programa de hoje à noite, a representante da UNE e a Daiane questionam por que só essas duas categorias profissionais foram escolhidas para receber o desconto e reclamam da falta de clareza nas regras de concessão do financiamento. O Ministério da Educação e a Caixa Econômica Federal estão presentes no programa para responder as dúvidas. Junto com um advogado especialista em causas que envolvem o Fies. Assistam, hoje às 21h30, na TV Câmara, depois comente aqui no blog.

Um comentário:

  1. Anistia para os estudantes já!
    O governo ajuda agricultores, empresários, pessoas muito mais estruturadas financeiramente a sanar suas dívidas, será que não podem tomar uma medida mais efetiva pra ajudar jovens recém formados??? Deixar de lado esta causa é jogar dinheiro fora, por que pessoas que saem da faculdade com uma dívida desta, provavelmente nem entrarão no mercado de trabalho ou sequer terão cabeça pra trabalhar com sua total capacidade e dar um retorno para a sociedade do dinheiro investido nelas...

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